ARTE TUMULAR ERÓTICA

Existe um tipo de arte , que talvez poucas pessoas conhecem, a chamada arte tumular com conotação erótica ou sensual. Deixando-se de lado o preconceito e a superstição, encontraremos nos cemitérios espalhados por várias partes do mundo, trabalhos esculpidos em granito, mármore e bronze de artistas famosos, que realçam as formas exuberantes da nudez, algumas vezes forte porque é sugerida e não mostrada. Esses trabalhos apresentam figuras que vão do sofrimento à sensualidade, esculpidas em formas vistosas ou discretas, recatadas ou destacando os detalhes do corpo, num acentuado lirismo límpido na inocência sensual que expressa uma certa resistência da vida em face da morte.

Helio Rubiales

O NU NA ARTE TUMULAR
A representação de uma figura nua num túmulo é sempre inquietante, instigante , envolvente e bela. Há uma profunda ligação com a pureza do ser. É a sensualidade que move a Criação em todos os sentidos, evocando o amor, a paixão e principalmente a criação do homem. Sentimos o lúdico prazer de vivenciar a nossa própria existência.

Mulheres nuas são cobertas por finos tecidos, sob os quais se deixam notar curvas de sensualidade aflorada, seios e pernas bem delineados, uma certa pureza perante a morte. Um cenário de escancarado flerte entre a vida e a morte, onde a nudez representa um estado de entrega perante o desconhecido, lugar onde não se admitem mantos e máscaras. E no lugar que faz jus à expressão "do pó vieste e ao pó retornarás", a ausência de roupas é mais do que explicada, onde nos tornamos todos iguais.

Helio Rubiales

MEMENTO, HOMO, QUÍAPULVIS ES ET IN PULVEREM REVERTERIS.

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By Ferramentas Blog

quinta-feira, 28 de maio de 2009

REVELAÇÃO-Arte Tumular Erótica-16-Cemitério da Consolação, São Paulo, Brasil



ARTE TUMULAR
Sobre uma base tumular em relevo formando uma cruz encosta-se uma figura feminina em mármore branco, no estilo art-Nouveau. Coberta por várias túnicas, uma delas muito fina e colada ao corpo, realçando suas vistosas formas corporais. O braço esquerdo, como se tentasse cobrir o seu seio nu, leva a sua mão ao rosto plácido como se estivesse tendo uma revelação. Com a outra mão apóia-se na cruz.
AUTORA: Nicolina Vaz de Assis (Campinas, 1874 - Rio de Janeiro, 1941)
TUMULO: Ana Guilhermina Pompeo do Amaral, Condessa de Indaiatuba 
LOCAL: Cemitério da Consolação, rua 29, terreno 13,São Paulo, Brasil
Fotos: Zwart 1 e Larissa
Foirmatação e descrição tumular: HRubiales

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