ARTE TUMULAR ERÓTICA

Existe um tipo de arte , que talvez poucas pessoas conhecem, a chamada arte tumular com conotação erótica ou sensual. Deixando-se de lado o preconceito e a superstição, encontraremos nos cemitérios espalhados por várias partes do mundo, trabalhos esculpidos em granito, mármore e bronze de artistas famosos, que realçam as formas exuberantes da nudez, algumas vezes forte porque é sugerida e não mostrada. Esses trabalhos apresentam figuras que vão do sofrimento à sensualidade, esculpidas em formas vistosas ou discretas, recatadas ou destacando os detalhes do corpo, num acentuado lirismo límpido na inocência sensual que expressa uma certa resistência da vida em face da morte.

Helio Rubiales

O NU NA ARTE TUMULAR
A representação de uma figura nua num túmulo é sempre inquietante, instigante , envolvente e bela. Há uma profunda ligação com a pureza do ser. É a sensualidade que move a Criação em todos os sentidos, evocando o amor, a paixão e principalmente a criação do homem. Sentimos o lúdico prazer de vivenciar a nossa própria existência.

Mulheres nuas são cobertas por finos tecidos, sob os quais se deixam notar curvas de sensualidade aflorada, seios e pernas bem delineados, uma certa pureza perante a morte. Um cenário de escancarado flerte entre a vida e a morte, onde a nudez representa um estado de entrega perante o desconhecido, lugar onde não se admitem mantos e máscaras. E no lugar que faz jus à expressão "do pó vieste e ao pó retornarás", a ausência de roupas é mais do que explicada, onde nos tornamos todos iguais.

Helio Rubiales

MEMENTO, HOMO, QUÍAPULVIS ES ET IN PULVEREM REVERTERIS.

English French German Spain Italian Dutch
Russian Portuguese Japanese Korean Arabic Chinese Simplified
By Ferramentas Blog

quinta-feira, 28 de maio de 2009

SÚPLICA-Arte Tumular Erótica-14-Cemitério da Consolação, São Paulo, Brasil





ARTE TUMULAR
Base tumular suportando uma suntuosa escultura de mármore branco, representando uma figura feminina em pé, muito jovem com as vestes fina e transparente, transmitindo uma sensualidade jovial Em pé recostada numa pilastra, com a cabeça para trás, como se suplicasse pela vida. Com um dos cotovelos apoiado na laje e as duas mãos no peito, tenta libertar-se da morte em forma de serpente que ainda a mantém presa pela vestes numa alegoria a morte e a ressurreição

TUMULO: Luiza Crema Marzoratti (Itália, 1822 – São Paulo,1922), pianista, recém casada, imigrara para o Brasil com o esposo.
LOCAL: Cemitério da Consolação, São Paulo, Brasil. Quadra 76, terreno 30

Fotos: Ilderaldo Correa photography, Correa (flickr),Juliana Sanc
Formatação e descrição tumular: HRubiales

Nenhum comentário:

Postar um comentário